domingo, 29 de março de 2009

Button vence o GP da Austrália, Rubinho fica em segundo

O domingo foi mesmo da Brawn GP, que se tornou a terceira equipe da história da F1 a fazer dobradinha em sua estréia. O inglês Jeson Button dominou a corrida do início ao fim, enquanto que Barrichello contou com a sorte para estar no pódio. Depois de uma péssima largada, o brasileiro perdeu posições e no final da prova estava em quarto. No entanto, o acidente entre Kubica e Sebastian Vettel quase no final da prova garantiu a segunda posição do veterano.

Felipe Massa teve que abandonar a prova graças à problemas mecânicos, enquanto que o terceiro brasileiro na F1, Nelsinho Piquet, rodou sozinho ainda no início da corrida.

Outros favoritos ao título, Lewis Hamilton ficou em terceiro, Alonso em quinto e Raikkonen em 17º.
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Quem costuma ler o Blog com frequencia observou o post anterior, que fala sobre o treino oficial para o GP da Austrália, está imcompleto. Infelizmente falhamos na primeira tentativa do nosso Blog em fazer uma cobertura ao vivo, graças ao poderoso sono que acometeu este blogueiro.

sábado, 28 de março de 2009

Por enquanto vai dando Mass... digo, Rubinho

Parece surpreendente, mas a primeira sessão do treino oficial para o GP da Austrália, que este Blog acompanha ao vivo, foi dominado pela Brawn GP, e com o brasileiro Rubens Barrichello ocupando provisoriamente a primeira posição.

Massa ficou em quarto e ainda briga pela pole, Hamilton passou para a segunda sessão no sufoco, na 15ª posição, e Piquet amargurou a 17ª colocação.

Mais informações dentro de instantes

sexta-feira, 27 de março de 2009

Dana da Daslu é solta

Durou apenas um dia a prisão de Eliana Tranchesi, dona da boutique de luxo Daslu, acusada de crimes como sonegação fiscal. Novamente, as mais altas cortes do país se mobilizaram para garantir a sua soltura e de outros envolvidos no escândalo.

Eliana foi condenada a 94 anos e meio de prisão pelos crimes cometidos, mas a sentença proferida pela juíza Maria Isabel do Prado, da 2ª Vara da Justiça Federal em Guarulhos (Grande SP) é em primeira instância e cabe recurso.

Barrichello surpreende e fica em segundo lugar no treino livre

Ainda é cedo para conclusões precipitadas, mas o fato é que a Brawn GP, caçula entre as equipes de F1, vem deixando boquiabertos os que acompanham o circo da velocidade. Muitos apontam o polêmico difusor utilizado pela equipe do brasileiro Rubens Barrichello como responsável pelo desempenho - existe inclusive a possibilidade dessa briga ir parar na justiça. Mas o fato é que, se as coisas continuarem como estão, o Campeonato de 2009 promete muitas emoções.

Mas lembrando de nosso Rubinho, o veterano piloto conseguiu a segunda colocação nos treinos livres dessa quinta, repetindo o bom desempenho que vinha tendo nos treinos informais. O atual campeão Lewis Hamilton, da McLaren, amargurou uma 18º posição, enquanto que o quase campeão Felipe Massa, da Ferrari, ficou em décimo.

O GP da Austrália acontece nesse domingo às 3h da madrugada (horário de Brasília).

Programa do PCdoB na TV aponta saídas para a crise

Assista aqui o programa nacional de televisão do PCdoB

PCdoB: um Partido do presente para antecipar o futuro

Tendo em vista a passagem dos 87 anos de fundação do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), comemorada no último 25 de março, publicamos a seguir o discurso do Secretário Nacional de Organização do Partido, Walter Sorrentino, em Sessão Especial na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.

O PCdoB comemora 87 anos de vida e luta. A história de um partido, como afirmava Gramsci, é a história das lutas políticas e sociais de uma nação, vista pelo ângulo dos interesses de classe que esse partido quer representar. Os comunistas em nosso país têm um largo legado nesse sentido: desde as jornadas operárias de 1922, das lutas pela reforma agrária, até as lutas democráticas e chegando ao presente – quando se batem por uma nação soberana, democrática e de progresso social – os comunistas mergulharam fundo no cenário social e político do país, levantando a bandeira do socialismo.

Atualmente, o PCdoB é um partido mais maduro e consciente dos desafios de sua luta. E isso se reforça com o reconhecimento que se dá em atos como o de hoje. É muito importante para nós o respeito no convívio democrático que alcançamos após 24 anos de legalidade. Respeito que é recíproco: somos respeitados porque respeitamos, inclusive os adversários, não obstante a legítima disputa política que travamos. Orgulhamo-nos disso. Orgulhamo-nos de praticar uma política larga, visando unir amplas forças do povo brasileiro para os desafios de completar a constituição de nossa nação, de modo soberano, democrático e com valorização do trabalho. Só assim, como se verifica nos grandes movimentos transformadores de nosso país que nos permitiram chegar até aqui, é possível aprofundar as mudanças de que o Brasil necessita.

O PCdoB comemora 87 anos em meio a uma situação desafiadora, no plano nacional e internacional. Preparamos, neste momento, o 12º Congresso, para extrair dela todas as conseqüências.

É certo que nenhum congresso partidário entra para a história por antecipação, mas este estará impregnado de grandes questões, que podem abrir ao país, ao PCdoB e à esquerda em geral um período mais fértil em lutas e perspectivas.

Crise da globalização neoliberal

As singularidades provêm do complexo período que vive o mundo em rápida transformação. A crise da globalização neoliberal representa a falência do discurso dos 35 anos tormentosos das reformas liberais dos anos 80, com a experiência avant la letre no Chile de Pinochet nos anos 70, em substituição aos assim chamados 30 anos de ouro do segundo pós-guerra. Ela ainda é imprevisível quanto à sua intensidade, ritmo e desdobramentos. Os apologistas do ciclo anterior pregam agora nova versão de que não há alternativas, a não ser o retorno do pêndulo do papel do Estado, com medidas fiscais contracíclicas e de saneamento dos créditos tóxicos com dinheiro público. Verifica-se que todas as medidas emergenciais têm sido essencialmente nacionais, ou seja, de intervenção dos Estados nacionais. Não há, por ora, nenhuma medida mais avançada de coordenação interestatal, o que deve acirrar a pressão competitiva em escala global e pode resvalar para o protecionismo que dificultará ainda mais a retomada da economia.

Com a crise se abre outra fase de luta política, pois que desvela o caráter do Estado, tornado refém dos interesses monopolistas das corporações industriais e financeiras, e revela a falácia do discurso neoliberal sobre Estado e mercado, evidenciando que o capital a tudo submete. Vai ficar mais claro que o capitalismo, em seu regime de acumulação, quer prescindir de fronteiras nacionais, Estados nacionais e soberania nacional, mas com isso engendra contradições mais poderosas. Elas se manifestarão por meio de descarregar a crise nos ombros dos trabalhadores e dos povos, sobretudo com o desemprego, que reclama respostas unitárias e vigorosas.

Manifestar-se-ão também entre as nações poderosas, de um lado, e entre estas e as nações emergentes em desenvolvimento. Enfim, estamos num mundo em transição, onde declina relativamente a liderança dos EUA e vai se constituindo uma nova conformação de forças geopolítica.

Ademais, o regime do capital bloqueia saídas de padrão civilizatório mais elevado de que está prenhe a humanidade. Por isso, a situação presente repõe no mundo o debate das alternativas. Porque, em verdade, é uma crise do capitalismo. Lembremo-nos da pesada ofensiva quando se desintegrou a URSS e o Leste europeu, com a cantilena da crise do socialismo. Por que esta crise atual não pode ser chamada pelo verdadeiro nome? Seu nome é crise do capitalismo; é a falta de perspectivas de esse sistema assegurar desenvolvimento, soberania, progresso social e liberdades.

A crise atinge por força o Brasil que restou inerme na defesa de seus interesses durante a onda neoliberal. Mas, ao mesmo tempo, parece indicar que as condições para enfrentá-la são melhores hoje do que em qualquer período anterior. O Brasil tem uma história de enfrentamento das crises do capitalismo, tirou proveito delas, seja no século 19, seja na grande crise dos anos 1930 e dos anos 1970. Portanto, temos um quadro de perigos e oportunidades. Oportunidades no sentido de um reposicionamento do papel relativo do país no contexto mundial, no sentido de sua maior projeção e liderança, na medida da clareza e capacidade de lutar de forma afirmativa por seus interesses.

Novas perspectivas

O atual ciclo político liderado por Lula reabriu perspectivas para o desenvolvimento econômico, democratizou a sociedade e melhorou a renda do trabalho e da população mais desassistida. Em que pese a insuficiência de enfrentamento com os grandes interesses financeiros e monopolistas que impõem ao Brasil o título de campeão mundial de juros, travando um desenvolvimento mais acelerado e mantendo enormes disparidades de renda, é um fato que o Brasil retomou certa mobilidade social ascendente para a vida de milhões de brasileiros.

Com isso, a nação retomou horizontes. Matura a consciência e a ação por um projeto nacional afirmativo e soberano, desenvolvimentista, de democratização social e política, integração regional e política externa anti-hegemonista. Tudo, naturalmente, num ambiente de forte disputa política e tensões que acentuam os desafios da esquerda brasileira.

Essa importante viragem na conformação de forças com respeito à década de 1990 e início dos anos 2000 se reflete no comportamento das forças políticas, intelectuais e sociais. Nesse quadro, objetivamente, atua a tendência a se cristalizar um quadro de forças que restrinja a vida política a poucos agrupamentos. É o que se intenta com a reforma política: restringir o pluripartidarismo democrático, alcançar uma “modernidade” nacional que não seja nem essencialmente democrática nem popular.

A democracia em nosso país é jovem. Conheceu apenas dois períodos mais permanentes, de 1945 a 1964 e, agora, de 1985 a 2009. Carece ainda de conformar as correntes e tendências, para o que o pluripartidarismo democrático é a opção que se impõe, sem barreiras, sem casuísmos.

De outra parte, é forçoso considerar, a partir da experiência histórica brasileira, que o caminho da afirmação nacional exige reunir amplas forças, sobretudo agora tendo em conta os efeitos da crise. Ao mesmo tempo, carece-se de constituir no seio dessa unidade forças com clareza e determinação para conduzir um projeto nacional com uma estratégia econômica determinada, que reposicione o país no rol das nações como pólo de maior liderança, constituir o centro de gravidade de um governo avançado, projeto esse capaz de equacionar o défice democrático e social do país. Ou seja, as forças populares e de esquerda também são exigidas objetivamente pela situação, para apontar para uma unidade decisiva entre o nacional e o popular, pois como dizia Gramsci, só é verdadeiramente nacional o que é popular.

Por uma esquerda forte

A confluência dessas questões marcará o debate do país até 2010 e mesmo depois, tendo por substrato a crise e as repercussões geopolíticas dela no mundo. Marcará, por isso mesmo, o 12º Congresso do PCdoB. Uma esquerda forte e bem apetrechada estrategicamente é cada vez mais necessária à modernidade do Brasil e isso se consubstancia num projeto político, um programa e um partido.

Um projeto para o país enfrentar a crise, abrir caminho a mudanças mais afirmativas da nação, enfrentar e vencer a disputa presidencial de 2010 em disputa com as forças que sustentaram o caminho oposto na década de 90, hoje sem discurso à altura das expectativas da nação. Constituir, para tanto, uma maioria política e social vasta, em cujo centro atuem forças de esquerda, para um governo consistente com os desafios nacionais, democráticos e da ampliação de direitos sociais dos brasileiros. Isso é o que defende o PCdoB: união de forças, para repactuar o caminho aberto em 2002 por Lula, agora com o desafio de reposicionar o país em seu desenvolvimento e no cenário internacional. Carece-se de avançar na defesa dos interesses nacionais, do Estado nacional, da soberania, da integração do subcontinente, com democracia social e política.

Um programa que incorpore esse desafio e aponte para soluções mais profundas, como alternativa civilizatória ao capitalismo, de sentido patriótico e popular, cuja conseqüência última é abrir caminho à transição ao socialismo. A questão nodal aí é um poder político com base nas forças populares, que una a nação em torno de uma plataforma avançada, continuidade em patamar mais conseqüente da luta pela afirmação nacional e democrática. Trata-se de tornar essa alternativa mais tangível, partindo não apenas dos primados teóricos, mas da realidade viva do país, pois o universalismo da teoria só pode ser enriquecido a partir do particular concreto, e esse é um desafio essencialmente nacional, espaço privilegiado para se pensar estratégias de transformação social que alcancem implicação global.

E, por fim, partidos de esquerda capazes de reunir inteligência, convicção, talento político e compromissos militantes em torno desse projeto e programa. O PCdoB permanece sendo um partido de militância, nosso principal tesouro. Atua para acumular forças, na luta política e institucional, na luta social, na luta de ideias. Somos um partido socialista, não importa quanto tempo durará essa luta e por quais caminhos. Cada tempo coloca seus próprios desafios: queremos estar livres dos condicionamentos modelados por outra época ou desafios estratégicos de outro molde. Somos um partido do presente para antecipar o futuro. Por isso fazemos o nosso esforço de renovação de concepções e práticas de partido, renovação de cultura política, voltada para os desafios do tempo. O 12º Congresso avançará nessa perspectiva, para formar, nas condições do presente, a nova geração de lideranças comunistas da luta do povo brasileiro.

Homenagens vivas

Quando pensamos no futuro não esquecemos o passado. Não nos esquecemos dos que deram o melhor de suas energias e até a própria vida para que chegássemos até aqui. A eles nossas homenagens vivas, que se expressam no compromisso de seguir adiante com a luta. Este é o partido de Otávio Brandão e Astrogildo Pereira, de Luis Carlos Prestes herói do povo brasileiro. De Maurício Grabois e João Amazonas, notáveis ideólogos que marcaram a história do PCdoB indelevelmente. É o partido que defende a perspectiva desse que é o brasileiro vivo mais ilustre da nacionalidade, Oscar Niemeyer, sempre jovem e sábio, generoso e comunista. Mas também de enorme contingente de militantes comunistas, muitos anônimos. A eles nossa homenagem aos 87 anos, simbolizada na lembrança de uma camarada que educou a todos nós, a querida Elza Monnerat.

O PCdoB, dizia, chega mais maduro, experiente e ainda mais compromissado com os trabalhadores, o povo e a nação, aos 87 anos. Está em expansão, pode ultrapassar a marca dos 100 mil militantes e 250 mil filiados. Sua juventude é pujante e tem papel dos mais ativos na luta política e social. Seus trabalhadores encabeçaram o esforço pela constituição de uma central sindical que permitisse lutar mais denodadamente pela unidade do movimento sindical para enfrentar a crise. Suas mulheres podem se orgulhar de que no partido foram tomadas medidas firmes para projetar seu papel na luta política e na própria vida partidária, tendo como prática regular a realização de Conferência Nacional das Mulheres comunistas. Mas, para além do orgulho que isso nos traz, considero que a construção de uma força política desse tipo, bem definida teórica e politicamente, de caráter militante, é mais que tudo uma tarefa de ordem democrática geral para a sociedade brasileira. Significa, em última instância, dar consciência política a milhares de cidadãs e cidadãos, trazendo-os para o grande caudal da luta nacional, democrática e social, organizando-os para a luta – não apenas eleitoral – com um programa de transição ao socialismo. A saída é o socialismo. O Brasil precisa disso. O Brasil necessita de uma forte e influente esquerda, e o PCdoB busca qualificar-se para isso.

Esses são os bons augúrios desta comemoração de 87 anos. Lutaremos para torná-los força viva. O Brasil vencerá, o socialismo vencerá.

Walter Sorrentino, secretário de Organização do PCdoB

quinta-feira, 26 de março de 2009

A nova profissão de Paulo Skaf

O atual presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - Fiesp, Paulo Skaf, é bastante conhecido por defender os interesses das grandes indústrias paulistas - nem que para isso tenha que passar por cima dos direitos históricos dos trabalhadores.

No entanto, o que não se sabia era de sua atuação junto à campanhas de candidatos identificados com a plataforma defendida pelo industrial, esforçando-se para utilizar a sua influência para arrecadar fundos para essas candidaturas.

O presidente da Fiesp reconheceu a sua atuação como lobista, admitindo que marcava presença no diálogo com indústrias na garantia de doações de candidatos "sérios", como afirmou o próprio. O curioso é que, de acordo com o pensamento de Skaf, apenas candidatos do PSDB e DEM são merecedores desse título.

Mais interessante ainda é imaginar se Paulo Skaf fosse membro do PT e intervisse em prol de candidaturas desse partido. Será que seria tratado com tanta naturalidade?

Mis informações no Blog do Fernando Rodrigues

Tem rico indo pra cadeia

Taí uma cena que era difícil de assistir a alguns tempos atrás: gente da mais alta sociedade inda parar atrás das grades. A "vítima" da vez é reincidente: Eliana Tranchesi, proprietária da butique de luxo Daslu, em São Paulo.

Eliana já havia sido presa em 2005, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Narciso, duramente criticada pela grande mídia e que desvendou um gigante esquema de sonegação fiscal. Na oportunidade, ela ficou apenas cerca de 24 horas e, ao que parece, não deve permanecer detida por muito tempo também dessa vez, já que a sua defesa já prepara um pedido de habeas corpus.

Só resta saber se o presidente do STF, ministro Gilmar Dantas, pretende interceder pela sua colega como fez com o banqueiro Daniel Dantas.

Clique aqui para mais informações

Milk - A Voz da Igualdade


Publicado originalmente no Blog do Coletivo Olga (www.coletivolga.blogspot.com)

Não tenho como esconder minha satisfação em poder contribuir com o Blog do Coletivo Olga. Sem dúvidas, a luta por uma sociedade mais justa ganha pontos em seu favor com a formação desse coletivo e sua iniciativa de encampar a luta também no terreno da mídia, espaço ainda hegemonizado pelos tubarões da alta sociedade que não tem compromisso algum com valores como liberdade ou igualdade – embora os adotem em seu hipócrita discurso.

Por isso, comprometo-me a alimentar sempre que possível esse Blog, ajudando a torná-lo mais um espaço no combate à homofobia e aos preconceitos de qualquer espécie, sempre com o norte em direção ao socialismo.

Mas a minha primeira contribuição à esse espaço será dedicado a comentar o filme Milk – A Voz da Igualdade (EUA, 2008), que tive oportunidade de assistir na semana passada. Esse longa, que rendeu o Oscar de melhor ator ao brilhante Sean Pean, narra a história de Harvey Milk, militante do movimento gay e primeiro homossexual assumido a ocupar um cargo eletivo nos Estados Unidos.

O ex-hippie Milk descobrira, após se mudar de Nova York para São Francisco, na Califórnia, a sua verdadeira vocação: a política. Compreendeu que para garantir mais direitos para os homossexuais e travar a luta contra o preconceito era preciso mais do que palavras ocas, mas organização de fato.

Harvey travou sua luta num momento que uma onda de conservadorismo tomava conta dos Estados Unidos após o auge do movimento hippie. No terreno da política, figuras toscas como a católica Anita Bryant e o senador republicano James Briggs tentavam aprovar leis que retiravam dos homossexuais até mesmo o direito ao emprego.

Nesse cenário, após sucessivas tentativas, Milk se elege supervisor do bairro de Castro em 1977 (no regime político brasileiro, o mais próximo dessa função seria o de vereador ou, no caso de São Paulo, de um subprefeito). Imediatamente começa a travar uma campanha contra a retirada dos direitos homossexuais, que toma corpo e consegue derrotar em plebiscito o projeto de lei que proibia os homossexuais de exercerem a função de professores.

No entanto, a trajetória promissora de Milk (que já ganhava fama nos EUA e no mundo e se tornava um símbolo da luta contra a homofobia) foi interrompida apenas um ano mais tarde, em 1978, quando seu adversário Dan White o assassinou em seu próprio gabinete.

O filme também chama atenção por não tentar “maquiar” as relações homossexuais. Não faltam cenas de beijos, carinhos e até mesmo de sexo, algo impensável para os padrões ainda conservadores do cinema. A atuação magnífica de Sean Pean também é destaque.

De todo modo, é uma obra prima altamente recomendável.

Veja aqui o trailer do filme