A polêmica envolvendo o uso indevido dos cartões corporativos da parte de alguns ministros do governo Lula, em especial a ministra da Secretaria Nacional de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, representa um desgaste que poderia ser evitado.
Primeiro, é importante registrar que os cartões corporativos, criados pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, nada mais são do que um abuso da máquina pública, inclusive sou daqueles que entedem que esse instrumento deveria ser imediatamente banido. Tampouco farei a defesa da ministra Matilde, que ao longo de 2007 gastou nada mais do que R$ 150 mil na utilização do referido cartão (mais de R$ 12 mil por mês).
Mas em segundo lugar, é importante destacar que esses fatos caíram no colo da grande mídia e da oposição, que se aproveitam do caso pra desgastar ainda mais o governo Lula, com vistas às próximas eleições. Um exemplo disso é que noticiários importantes anunciaram com alarde a utilização do cartão pelo competente ministro dos Esportes, Orlando Silva, para a compra de uma tapioca no valor de R$ 8,30. Se esqueceram de citar que esse foi o único gasto feito pelo ministro baiano ao longo de 2007, e mesmo assim foi devolvido aos cofres públicos. Fala-se até na criação de uma CPI no Congresso para investigar o assunto.
No mais, até o momento o presidente Lula não tem dado sinais de que vai passar a mão na cabeça de quem quer que seja, resta esperar os próximos acontecimentos.
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