quarta-feira, 5 de março de 2008

Xô, Maracajá! Desinfeta!

Triste Esporte Clube Bahia, oh quão semelhante. Só mesmo adulterando o famoso verso seiscentista do poeta baiano Gregório de Matos e Guerra, o Boca do Inferno, para sintetizar a tragédia que vem sendo produzida e alimentada há muitos anos no maior clube de futebol do Nordeste, dono de uma das cinco maiores torcidas do país. Essa tragédia tem vários nomes, e um deles, certamente o principal, é Paulo Maracajá, o porretão, o bambambam, o cão de calçolão chupando manga do Esporte Clube Bahia. Ele é o cara que manda em tudo no tricolor baiano.

Maracajá, a rigor, não seria tema pra se tratar em espaço sério. Mas, para o bem ou para o mal, volta e meia a gente tem que escrever sobre coisas que não apreciamos. É o caso. A verdade é que a Bahia e a torcida do Bahia assistem a esse cara e a turma dele conduzirem o clube a um estado que contrasta com as glórias do bicampeão brasileiro, com uma dívida inadministrável (inexplicavelmente construída nos últimos dez anos, depois de ter sido zerada pelo Banco Opportunity), sem estádio para mandar seus jogos, com sua torcida submetida a descolcamentos quilométricos para poder ver o time e com uma gestão absurdamente incompetente e medíocre.

Para que o Bahia não acabe como o Ipiranga (antiga potência do futebol baiano) é preciso derrubar Maracajá. Como, não me perguntem, mas há que se descobrir um jeito rapidinho, antes que seja tarde. Uma ação popular, um mandato de segurança, um golpe de estado, sei lá o quê, mas alguma coisa precisa ser feita. Não dá pra admitir um patrimônio como o Bahia estar entregue a gente como Maracajá.

Como prova da influência ainda mantida por essa sombria figura, temos o exemplo da recente aprovação do novo estatuto do clube, onde, depois de mandar seu menino de recado Petrônio "Barradão" prometer eleições diretas no Bahia (ao assumir a presidência interina do clube, em 2005), Maracajá ignorou o compromisso e comandou a votação do novo estatuto do seu jeito. Para tanto, convocou o fajuto Conselho Deliberativo do Bahia, formado e manipulado por ele, para uma reunião igualmente fajuta, à qual compareceram apenas 78 dos 323 conselheiros, dos quais 75 votaram a favor do novo estatuto.

O que não dá pra entender é por que Maracajá não larga o osso. Ele já rapou do Bahia tudo o que podia rapar. Ganhou todos os mandatos parlamentares que podia ganhar (hoje não se elegeria nem síndico de condomínio), ganhou um cargo vitalício o qual ele não tinha merecimento, o que mais ele pode querer? O Bahia não tem mais nada a lhe dar, nem prestígio. Hoje a torcida o xinga com palavras de ordem do tipo "ei, Maracajá, vai tomar no ...". O seu menininho também não escapa: "Petrônio, vai se f(...), o meu Bahia não precisa de você".

Por tudo isso, é tão urgente enxotar Maracajá e toda sua turma. Vamos derrubar o homem. O que não dá mais é para o Bahia continuar navegando nas águas fétidas onde hoje navega.

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