segunda-feira, 31 de março de 2008

Mudanças no Governo de Camaçari

A saída há muito anunciada de diversos secretários da administração municipal em Camaçari inaugura a arrancada eleitoral que pretende, em 5 de outubro, fazer maioria na Câmara dos Vereadores e reeleger o atual prefeito, Luis Caetano.

Saíram de suas funções o Secretário de Governo, José Marcelino, que foi substituído por Jailce Andrade; Joelson Macedo, do Esporte e Lazer, pasta que passa a ser ocupada por Vital Vasconcelos; o ex-vereador Téo Ribeiro, que foi substituído por Antonio da Farmácia no comando da Secretaria de Segurança Alimentar e Benefícios Sociais; e Ivanildo Antonio, da Secretaria da Cultura, dirigida agora por Demétrius Moura. Também anunciou a saída o Secretário de Agricultura e Pesca, Jaime Guilherme, mas que ainda não teve seu sucessor anunciado. A cerimônia de transmissão de cargos ocorreu hoje pela manhã no auditório do Gabinete de Prefeito.

A mudança no primeiro escalão do governo municipal promete esquentar a disputa por uma concorrida vaga na Câmara, já que a maioria dos atuais mandatários tem condições de se reelegerem, ao mesmo tempo que outras candidaturas surgem com basta força. Tudo indica que o processo eleitoral de 2008 deve ser o mais acirrado de todos os tempos, afinal de contas, são apenas 13 cadeiras em disputa. É esperar pra ver.

domingo, 30 de março de 2008

Bahia termina primeira fase do baiano como líder. Vitória empata com o Feirense

A primeira fase do Campeonato Baiano chegou ao seu fim com a realização da 22ª rodada nesse domingo (30/03). Com os quatro classificados (Bahia, Vit. da Conquista, Vitoria de Salvador e Itabuna) e o rebaixado (Juazeiro) já definidos, os jogos de hoje apenas cumpriram tabela e consolidaram o Bahia na liderança do Baianão.

O tricolor de aço venceu o Juazeiro fora de casa por 2x0, enquanto que o Vitória da Conquista, em casa, derrotou o Itabuna por 3x1. O Vitória da capital, jogando no Barradão, teve que suar muito pra arrancar o empate com o já eliminado Feirense, mostrando que a contratação do novo técnico Mancini pode não ter surtido os efeitos esperados. Nas outras partidas, o Fluminense perdeu do Colo-Colo por 1x0, o Atlético venceu o Ipitanga por 3x1 e o Camaçari goleou o Poções por 4x1.

No próximo domingo começa a primeira rodada da segunda fase do Campeonato, quando os quatro classificados irão jogar entre si em turno e returno e o time que tiver mais pontos será consagrado campeão.

Confira a classificação final da 1ª Fase:

Bahia - 50
Vit. da Conquista - 48
Vitória - 42
Itabuna - 35
Atlético - 34 / 10v / 5sg
Colo-Colo - 34 / 10v / 3sg
Ipitanga - 28 / 8v
Feirense - 28 / 7v
Camaçari - 22
Fluminense* - 16
Poções - 13
Juazeiro - 9

*punido com a perda de seis pontos pelo TJD

sexta-feira, 28 de março de 2008

Popularidade de Lula irrita a oposição

"É importante lembrar que o meu partido [PT] só tem 14 senadores e o Senado tem 81. Para aprovar qualquer coisa, eu preciso ter 41 senadores. E estão lá os nossos amigos do PSDB, que, no primeiro momento, eu diria, trabalharam de forma civilizada. Estão lá os nossos amigos do DEM, que tiveram tanta vergonha, que mudaram o nome do partido, de PFL para DEM. Estão lá, destilando ódio, destilando ódio. Ódio. Coisa que mesmo que, quando era dirigente sindical, não conseguia destilar ódio contra os meus adversários", afirmou Lula na cidade de Delmiro Gouveia (AL), quando lançava o programa Territórios da Cidadania no estado.

A afirmação de Lula de que a oposição destila ódio vem acompanhada por mais uma pesquisa de popularidade que registra o mais alto índice favoravel ao presidente desde a sua posse. A pesquisa mostrou que 7 em cada 10 brasileiros estão satisfeitos com o governo Lula, mesmo quando este enfrenta mais uma ofensiva de denúncias da grande mídia.

Confira os detalhes da pesquisa, divulgada no sítio do Ibope:

Pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra um aumento expressivo da popularidade do Presidente Lula. Seu governo é considerado ótimo ou bom por 58% da população brasileira (eram 51% em dezembro), enquanto 30% o avaliam como regular e 11% como ruim ou péssimo. A forma como o Presidente Lula administra o país é aprovada por 73% dos brasileiros, o que representa um crescimento de oito pontos percentuais em relação a dezembro, e desaprovada por 22%. A nota média dada para o governo Lula variou de 6,6 em dezembro de 2007 para 7,1 em março de 2008.

Outro indicador positivo para o governo é a confiança no Presidente, que passa de 60%, em dezembro, para 68% em março, enquanto cai de 35% para 28% o total daqueles que afirmam não confiar em Lula.

A pesquisa mostra também que a população brasileira está satisfeita e otimista em relação ao ano de 2008, já que 81% o consideram bom ou muito bom até o momento e 85% acreditam que o restante do ano continuará sendo assim.

Pode-se dizer que a avaliação positiva em relação ao governo está se refletindo em todas as áreas pequisadas, entre elas a expectativa da população para os próximos seis meses. Os resultados mostram que 35% pensam que a renda das pessoas em geral vai aumentar, enquanto 42% declaram que a própria renda irá aumentar. Em relação ao desemprego, hoje 42% acreditam que ele vai aumentar nos próximos seis meses, mas esse índice era de 46% em dezembro, e de 52% em setembro de 2007. Quanto à expectativa de inflação para os próximos 6 meses, 51% acreditam que irá aumentar, índice bastante próximo ao da última rodada (49%).

Avaliação

A maioria da população aprova a atuação do governo no combate ao desemprego (55%); em programas sociais, na saúde e na educação (60%); no combate à inflação (51%); no combate à fome e à pobreza (62%) e em relação ao meio ambiente (60%). Por outro lado, os brasileiros desaprovam o governo Lula no que diz respeito à taxa de juros (53%), à segurança pública (56%) e aos impostos (60%). É importante observar, entretanto, que mesmo nestas três últimas áreas, a tendência indica queda da desaprovação e aumento da aprovação à atuação do governo.

Sobre a pesquisa

Período: A pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 23 de março.
Amostra: Foram entrevistadas 2.002 pessoas de 16 anos ou mais em 141 municípios do Brasil.
Margem de erro: É de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um intervalo de confiança de 95%.

Com informações:
http://www.ibope.com.br/

quinta-feira, 27 de março de 2008

O acordo secreto entre Bush e Bin Laden

Pode até paracer loucura o que vou escrever nas próximas linhas, algo do tipo "teoria da conspiração", mas, observando bem os fatos, podemos chegar a conclusão de que não se trata de algo tão absurdo.

A questão é que, depois de pensar um pouco sobre o conflito em curso no Iraque e no Afeganistão, causada pela ânsia do presidente Bush de travar uma "guerra contra o terror", cheguei a conclusão de que o mandatário estadunidense pode não ter uma relação tão ruim assim com o seu "arquinimigo" Osama Bin Laden. Vamos aos fatos:

Primeiro, lembramos que não é segredo que a família de Bush manteve durante muito tempo lucrativos negócios com a família de Osama. Essa relação é bem explorada no premiado documentário Fahrenheit 11 de setembro, do cineasta Michael Moore.

Depois, podemos analisar como os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 beneficiaram George Bush. Com quase nove meses de governo, sua popularidade estava em queda e ele ainda não tinha mostrado o porque tinha sido eleito. Muitos cargos do governo dos EUA ainda eram ocupados por membros do governo Clinton, pois sequer a competência de nomear toda a sua equipe o ex primeiro-filho havia tido.

Nesse cenário, acontecem os atentados que dizimam a vida de mais de 3 mil pessoas de diversas nacionalidades. O atentado no World Trade Center não foi apenas contra os EUA, mas contra o mundo inteiro. No entanto, foi o palco ideal para o desastrado presidente posar de herói nacional. Visitou os destroços do WTC, fez discursos emocionados e, como num passe de mágica, sua popularidade já passava dos 80% de aprovação.

Com o povo norte-americano ao seu lado e contando com a imediata solidariedade dos países do mundo inteiro, quase sem exceções (Cuba, por exemplo, foi uma das primeiras nações a manifestar repúdio ao atentado), Bush se sentiu livre para lançar as primeiras bombas no Afeganistão, até então governado pelos Talibans.

Mas vejam bem: a justificativa para a invasão do Afeganistão era a de encontrar o terrorista Bin Laden. No entanto, os EUA possuem equipamentos modernos o suficiente para vistoriar até o útero das montanhas do mundo inteiro. É simplesmente impossível que os EUA, com a tecnologia de que dispõe (pra ficar apenas no que conhecemos), ainda não tenha encontrado o terrorista saudita. Dá até pra imaginar que é de propósito. Será?

Mas qual interesse teria Bush de deixar Bin Laden solto? Simples, com Bin Laden preso e a Al Qaeda desmantelada, cairia por terra a justificativa da "guerra contra o terror" que Bush utiliza para implementar sua política belicista. Caso não houvesse atentado de 11/09, certamente não haveria guerra no Iraque (que já vitimou fatalmente mais de 600 mil).

Por tudo isso, é bom negócio para George Walker Bush a manutenção dessa guerra permanente, que dá aos EUA o poder de agir como a polícia do mundo, atropelando a soberania de diversos países da forma truculenta que o império do norte costuma agir.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Seminário IMG/UNEGRO será na Faculdade de Educação da UFBa

O Seminário promovido pelo Instituto Maurício Grabois (IMG) e pela União de Negros pela Igualdade (UNEGRO) entre os dias 25 e 27 de março, foi transferido para a Faculdade de Educação da UFBa, no Vale do Canela. O evento, que trata dos 120 anos da abolição da escravatura no Brasil, estava programado inicialmente para a Faculdade de Medicina, mas os organizadores decidiram mudar o local para receber de forma confortável o impressionante número de inscritos, que superou as expectativas.

sábado, 22 de março de 2008

Instituto Maurício Grabois realizará Seminário sobre os 120 anos da abolição da escravatura

Entre os dias 25 e 27 de março, na Faculdade de Medicina, em Salvador, o Instituto Maurício Grabois fará um Seminário com o tema: "1888-2008: 120 anos de abolição do trabalho escravo – uma reflexão sobre o negro no Brasil e na África.". O Seminário pretende reunir intelectuais, estudantes, professores, militantes do movimento negro e demais interessados para debater o papel do negro na formação do Brasil de hoje.

Confira logo abaixo a programação:

Dia 25 de março, às 18h30
Abertura: Olívia Santana (vereadora em Salvador) e Milton Barbosa (Secretário Estadual de Formação e Propaganda do PCdoB)
Mesa redonda: Quilombos contemporâneos – o conceito e a aplicação da lei 68 das disposições transitórias, com Ubiratan Castro de Araújo (Fundação Pedro Calmon) e Ricardo Moreno (UNEB)

Dia 26 de março, às 18h30
Mesa Redonda: Raça e Racismo – debatendo práticas e concetos, com Walnei Oliveira (UEFS) e Hilda Baqueiro Paraíso (UFBa)

Dia 27 de março, às 18h30
Conferencia: África e o mundo contemporâneo, com Muniz Ferreira (UFBa)

UNEGRO realiza atividade na Praça Montenegro

Em comemoração à passagem do 21 de março - Dia Internacional de Luta Contra a Discriminação Racial, a União de Negros pela Igualdade (UNEGRO) realizou nessa quinta-feira (20/03) uma atividade com seus militantes na Praça Desembargador Montenegro, em Camaçari.
Um stand foi montado na Praça e ao longo do dia a população pôde conhecer mais sobre a luta antiracista, através de milhares de panfletos distribuídos pela entidade. Mais de 30 pessoas de filiaram à UNEGRO.

terça-feira, 18 de março de 2008

O socialismo e a questão da democracia

Por Caio Botelho*

Constantemente, os ideólogos do socialismo científico (ou marxismo-leninismo, como preferir) são alvejados com acusações de que este regime não seria nada mais que um arcabouço de idéias opostas a qualquer definição de liberdade, tendo os países que o adotaram se tornado ditaduras sanguinárias a serviço de déspotas travestidos de revolucionários.

Nas próximas linhas, propomo-nos a estudar com maior rigor e espírito científico a veracidade dessas acusações, desmistificando uma série de pré-conceitos criados por setores que não se interessam nem um pouco com o triunfo do socialismo em qualquer país que seja. E tem motivos de sobra para isso, afinal, o socialismo científico se opõe às diferenças entre classes, que é o motor do sistema defendido por esses setores.

Em qualquer julgamento num bom tribunal, a confiabilidade da fonte das acusações é sempre levada em consideração. Nesse caso, podemos tranquilamente atribuir à grande mídia o papel de testemunha de incriminação, que, todos os dias, faz repercutir em sua programação valores opostos àqueles pregados pelos revolucionários. Não por acaso, chegam ao ponto de afirmar, do modo mais claro que até um leigo entenderia, que o socialismo veio a falecer já há algum tempo – a queda do Muro de Berlin é colocado por muitos como ponto de referência. Também fazem de tudo para ridicularizas as experiências socialistas, retratando-as como um fracasso retumbante.

Pois bem, será que a grande mídia tem mesmo toda essa moral para arrotar cotidianamente uma suposta verdade? Definitivamente não! A mídia tem lado, ela não está neutra nesse jogo.

Basta dar uma olhada nos proprietários dos principais canais de comunicação. No Brasil, por exemplo, a Rede Globo é controlada pela família Marinho, a Bandeirantes pela família Saad, o SBT é um feudo da família Abravanel (de Senor Abravanel, mais conhecido como Silvio Santos) a Rede Record quebra a hegemonia das famílias mas é dirigida pelo proprietário da Igreja Universal Edir Macedo. No mundo dos jornais não é diferente: todos os grandes impressos (Folha, Estadão, O Globo etc.) são dirigidas ou por famílias ou por grandes grupos empresariais. Alguns desses grupos, como a Editora Abril, que publica a revista Veja, vendeu uma boa parte de seu patrimônio ao capital estrangeiro, nesse caso, especificamente, a um conglomerado que apoiou o regime do apartheid na África do Sul.

Como já são conhecidos os proprietários dos meios de comunicação que dialogam com milhões de brasileiros todos os dias, observamos entre eles uma característica em comum: todos, mas absolutamente todos, são ligados às idéias mais conservadoras o possível. E o pior, utilizam esses meios para propagarem suas carcomidas idéias. Em alguns casos esses instrumentos foram utilizados a serviço da própria ditadura militar, como as vans da Folha de São Paulo que chegaram a servir como transporte de presos políticos do regime e o crescimento vertiginoso das organizações Globo durante o tempo dos milicos.

Mas vejam bem: se a principal fonte de acusação à suposta ausência de democracia no socialismo são esses grandes meios de comunicação, estando estes a serviço de grupos opostos ao socialismo, então seriam estas fontes confiáveis? Será que muito do que retratam sobre o Socialismo e suas idéias não é meramente distorcido ou adulterado pela grande mídia?

A democracia nas primeiras experiências socialistas

Comecemos nosso estudo fazendo uma rápida análise sobre as primeiras experiências socialistas, em especial a que durante décadas dirigiu os rumos da União Soviética (URSS), destacando o papel que a democracia exerceu nesses estados e apontando os erros cometidos na condução dessas experiências.

Como todos sabem, a Rússia czarista era um país atrasadíssimo, com fortes resquícios de feudalismo em pleno início de século XX, e a situação de extrema pobreza vivida por mais de 90% da população foi o estopim para a deflagração de uma Revolução Socialista, liderada pelo Partido Bolchevique e que teve como principal figura Vladimir Lênin, que se tornou o primeiro presidente da Rússia Soviética.

As transformações ocorridas a partir de então fizeram da Rússia (agora URSS) uma das duas maiores potências mundiais, chegando ao ponto de fazer frente aos EUA, tanto economicamente quanto militarmente (durante alguns momentos, o PIB da URSS chegou a ser maior do que o PIB estadunidense). A pobreza no país foi praticamente erradicada e direitos básicos como educação, moradia, alimentação e saúde foram ampliados para toda a população. Faltavam bens de consumo de luxo na União Soviética, mas não existiam mendigos nas ruas desse país.

Mas no tocante à questão da democracia a experiência soviética deixou a desejar. Embora tenha criado mecanismos importantes de participação popular nos instrumentos de decisão do estado, tendo como principal exemplo os soviets, a URSS, principalmente a partir da Segunda Guerra Mundial, criou um clima de comodismo que acabou por tornar esses meios democráticos de participação em meros homologadores das decisões do estado.

Josef Stálin, que dirigiu a URSS entre 1924 e 1953, embora tenha cumprido um importante papel na derrota do nazismo e no crescimento econômico de seu país, exagerou no exercício de sua função como principal líder soviético. Aos poucos, o povo foi afastado das decisões e toda crítica, mesmo que munida de espírito construtivo, era vista como uma ameaça à Revolução, devendo ser radicalmente coibida.

Os demais países do Leste Europeu, com raras exceções como a pequena Albânia, tomaram caminho parecido: criaram um estado burocrático e afastado das massas, dirigido por uma cúpula que nem sempre estava concatenada com os anseios populares.

Essas linhas podem parecer que jogam contra aqueles que defendem o socialismo, mas como o principal objetivo é fazer um estudo científico sobre o papel da democracia no socialismo, é importante que sejam apontados os equívocos que foram cometidos e que foram fundamentais para a derrota desse primeiro ciclo de experiências revolucionárias.

O que não é mostrado, no entanto, é que o socialismo levou à esses países muitas coisas boas, como a erradicação do analfabetismo, a melhoria das condições de vida do povo e a garantia da sobrevivência da população, algo que não é garantido no capitalismo. Essas importantes conquistas foram perdidas ao tempo em que o socialismo foi sendo derrotado. Hoje, a Rússia capitalista apresenta índices sociais muitos piores das do tempo da URSS.

O exemplo cubano

A pequena ilha caribenha que até pouco tempo era governada pelo mito Fidel Castro é uma das poucas experiências que resistiram ao vendaval reformista que sacudiu o mundo principalmente entre as décadas de 70, 80 e 90. Não foram poucas as dificuldades enfrentadas por Cuba, a maioria gerada por inimigos externos como os EUA, e ainda assim a ilha que apresentou Ernesto Che Guevara para o mundo resistiu bravamente, mantendo as conquistas da Revolução de 1959.

No entanto, é natural a imprensa associar o ex-presidente cubano Fidel Castro e o atual, Raul, a atrocidades terríveis, sempre acompanhando seus nomes a termos como “ditador”, ou coisa parecida. Mas será que Cuba é mesmo uma ditadura? Vamos ver:

A primeira queixa dos “defensores perpétuos da liberdade e da democracia” é a de que em Cuba não existem eleições. Mentira! De quatro em quatro anos, o povo cubano elege de forma livre os membros do Parlamento Nacional, em eleições limpas acompanhadas por observadores estrangeiros. O Parlamento, por sua vez, elege entre seus membros o presidente do Conselho de Estado e demais figuras do alto escalão do governo. É um método muito parecido ao que é adotado em países como França, Inglaterra, Itália, Espanha e outras nações consideradas exemplos de democracia. Mas só em Cuba esse sistema é antidemocrático.

Se o Parlamento cubano elegeu Fidel consecutivas vezes, isso é problema de Cuba! É um direito deles adotar as regras que julgam melhores para a realidade de seu país. O engraçado é que ninguém fala da Rainha da Grã-Bretanha, que se encontra a mais tempo no poder. Diga-se de passagem, Fidel também é eleito membro do Parlamento a cada eleição.

Mas em Cuba existem presos políticos? Não! Em Cuba, como em qualquer país do mundo, é crime financiar, participar ou fomentar qualquer ataque ao estado de direito. No Brasil, por exemplo, quem tentar dar golpe de estado passa pelo menos cinco anos na cadeia em regime fechado. Nos EUA, tentar derrubar o presidente é considerado traição à pátria, punida com a cadeira elétrica.

E o que não faltam na heróica ilha são pessoas e grupos que recebem financiamento direto dos EUA para boicotarem o governo legitimamente constituído pelo povo e respaldado a cada eleição (em Cuba, o voto não é obrigatório, ainda assim mais de 90% do eleitorado comparece às urnas, enquanto que nos EUA esse índice é menor que 50%). De acordo com a Constituição cubana, as pessoas têm direito de manifestar suas opiniões, o que não pode é passar por cima das leis. Justo!

Mas e quanto a proibição de cubanos viajarem para os EUA, tão criticada pela imprensa como exemplo da falta de liberdade? Bom, isso é verdade, como é verdade que os EUA também proíbem seus cidadãos de viajarem para Cuba, o problema é que esse e os outros dados aqui informados não são veiculados pela nossa nada imparcial mídia.

Enquanto isso, o país da Fidel continua com os melhores índices na educação e saúde da América Latina, sem contar com a potência olímpica que é esse minúsculo pedaço de terra no meio do Atlântico. Tudo isso com um bloqueio econômico de seu arquiinimigo Estados Unidos que já dura 46 anos.

A “liberdade” que o capitalismo defende

O debate sobre a democracia nos regimes socialistas ainda não extenuou, ao contrário esse é um assunto que dá muito pano pra manga. No entanto, é possível chegar a algumas conclusões importantes:

Primeiro, a mídia tem interesse em propagar inverdades acerca do socialismo. Ela tem lado na luta de classes, e como vimos pela identificação de seus proprietários, não é do lado dos mais pobres que ela se encontra. Erros imperdoáveis foram cometidos na condução de experiências socialistas em alguns países, no entanto, o socialismo científico é defensor da radicalização da democracia popular, onde, segundo os revolucionários, o povo deve ter acesso diretamente aos instrumentos de decisão do estado.

Em segundo lugar, questiono a espécie de liberdade que os capitalistas desejam. Será a liberdade de 35 milhões de brasileiros passarem fome enquanto as riquezas do país são concentradas nas mãos de meia dúzia de ricaços? A liberdade onde o mercado pode fazer o que bem entender, de acordo com os interesses dos mega especuladores? Ou a liberdade ditada por valores degradantes como o individualismo e o consumismo, onde os nossos jovens aprendem que aquele colega que senta ao seu lado na Escola será seu inimigo mortal na disputa por uma vaga na Universidade, e mais tarde no mercado de trabalho?

Qual moral tem os capitalistas para falar de “democracia”? Afinal, foram eles que financiaram as piores ditaduras do mundo, como a brasileira, a chilena, a argentina, entre muitas outras que mataram milhares de pessoas, essas sim dispostas a lutar pela verdadeira liberdade e pela verdadeira democracia. Incomodam-se quando o presidente da Venezuela Hugo Chávez não renova a licença da emissora golpista RCTV, mas acham natural utilizar concessões públicas para expor seus reacionários pensamentos.

Por último, faço questão de concluir afirmando que a democracia plena não se encontra nesse sistema, que alimenta a desigualdade e todas as formas de preconceito. Nesse jogo sujo jogado pelos capitalistas ansiosos para se manterem no poder, vencerão aqueles que acreditam que é possível mudar o mundo.

*Caio Botelho tem 20 anos, é estudante de Direito, dirigente da União da Juventude Socialista (UJS) na Bahia e membro da Escola de Formação do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

segunda-feira, 17 de março de 2008

Bahia é classificado para segunda fase do Campeonato Baiano

Faltando ainda quatro rodadas para o fim da primeira fase do Campeonato Baiano de 2008, o Esporte Clube Bahia garantiu a sua classificação para o quadrangular final após o empate sem gols com o Itabuna, sexto colocado na tabela. Os cerca de 1400 torcedores que foram acompanhar a partida no estádio Alberto Oliveira, em Feira de Santana, vaiaram a atuação do tricolor, que está de malas prontas para retornar o seu mando de campo para Camaçari.

O Vitória da Conquista (38 pontos) venceu de virada o Ipitanga em Porto Seguro e está a um ponto de garantir matematicamente a classificação para a próxima fase. A terceira vaga provavelmente ficará com o Vitória, que com 37 pontos e uma partida a mais que seus adversários terá que reduzir drasticamente seu desempenho para perder o passaporte para o quadrangular.

A última vaga, no entanto, está sendo disputada por cinco clubes: Colo-Colo (28), Atlético (27), Itabuna (26), Feirense e Ipitanga (25), todos com 18 partidas disputadas. Fluminense e Camaçari, que tem 19 e 18 pontos, respectivamente, devem jogar pra cumprir tabela, enquanto que Poções e Juazeiro, ambos com 9 pontos marcados, disputam a lanterninha do Campeonato.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Protesto de estudantes contra o aumento da tarifa do transporte chama a atenção da população de Camaçari

Uma grande manifestação tomou conta das ruas de Camaçari nessa quinta-feira, 13 de maio, quando centenas de estudantes de diversos Colégios protestaram contra o aumento de aproximadamente 10% no valor da tarifa de ônibus interurbano autorizado pela AGERBA. A medida prejudica a população que depende do sistema público de transporte para trabalhar e estudar.

Ocupação da Rodoviária

O ponto alto da manifestação foi a ocupação da Rodoviária de Camaçari, quando os estudantes impediram a absurda cobrança da taxa de embarque, no valor de R$ 0,40. Durante aproximadamente uma hora e meia, o portão de acesso ao terminal de ônibus interurbano foi aberto pelos manifestantes, que tiveram que enfrentar a truculência de funcionários da SINART, empresa que administra a Rodoviária. A ação foi aplaudida pela população.

Ditadura nas Escolas

No entanto, parece que a direção do Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães e do CETEB, ambas escolas estaduais, não entenderam que o povo baiano derrotou a arrogância dos adeptos a um modelo antidemocrático de gestão nas últimas eleições, e utilizou de todos os mecanismos possíveis para impedir a saída dos estudantes que queriam participar da manifestação, chegando inclusive a trancar os portões dessas Escolas, em um claro desrespeito ao direito de livre manifestação assegurado na Constituição Federal.

No caso do Colégio Modelo, foi preciso acionar a Polícia Militar para impedir que a diretora continuasse a manter os estudantes em cárcere privado. Ainda assim, dezenas desafiaram o autoritarismo digno dos tempos do carlismo e participaram do ato.

Próximos passos

Outras mobilizações estão sendo preparadas, e provavelmente na próxima semana a cidade de Camaçari vai assistir a mais uma grande passeata, que promete ser ainda maior, reforçando o movimento que exige a redução da tarifa no transporte público, além de cobrar o direito ao meio passe metropolitano para estudantes, fim da taxa de embarque na Rodoviária e melhoria na qualidade no transporte público.

O ato foi encerrado por volta das 13h00, quando os estudantes fizeram um círculo no saguão da Rodoviária e cantaram o Hino Nacional.

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Essa postagem foi escrita por volta das 14h00, cerca de uma hora depois do encerramento do ato. Assim que houver novidades quanto ao andamento da campanha, esse blog fará repercutir.

terça-feira, 11 de março de 2008

AGERBA autoriza aumento no transporte interurbano e estudantes prometem reagir

Desde o último sábado, 8 de março, quem quiser utilizar o sistema de transporte público na Região Metropolitana de Salvador vai pagar mais caro. O reajuste na tarifa de ônibus chega a aproximadamente 10%, inferior ao aumento do salário mínimo, por exemplo. O preço da passagem de Camaçari para a Estação da Lapa, em Salvador, que antes custava R$ 2,85, passou a valer entre R$ 3,20 e R$ 3,65, sem contar com a tarifa de embarque de R$ 0,40 cobrada na Rodoviária de Camaçari. Para muitos isso pode não ser muito, mas para a grande maioria dos usuários esse suado dinheiro vai fazer muita falta.

Uma pessoa que tem que vir de Salvador para Camaçari todos os dias chega a gastar algo em torno de R$ 210,00 todo mês. É bom lembrar que a renda média do brasileiro não passa dos R$ 500,00.

Mobilizações estão sendo preparadas

Organizações como a UJS, UMESC, UNE, UBES, ABES e UEB prometem realizar nessa quinta-feira, dia 13, uma grande manifestação que deve envolver centenas de estudantes de Camaçari. A passeata, que sairá de diversas Escolas do município, deve ter sua concentração na Rodoviária por volta das 9h30, onde os estudantes pretendem fazer uma ocupação pacífica para protestar contra o aumento. Na oportunidade, também serão lembradas reivindicações antigas, como o direito ao meio passe intermetropolitano para estudantes.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Dia Internacional da Mulher

Não poderia deixar de registrar nesse Blog a passagem do 8 de março - Dia Internacional da Mulher, data em que são lembradas as lutas travadas pelas corajosas mulheres do Brasil e do mundo em defesa da igualdade de gênero e contra todas as formas de injustiça e opressão.

A data lembra o episódio ocorrido em 8 de março de 1857, quando cerca de 130 tecelãs de uma fábrica de Nova Iorque resolveram entrar em greve por melhores condições de trabalho e reajuste no pífio salário que recebiam. Num ato totalmente desumano, elas foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. As bravas mulheres morreram carbonizadas.

Mas a luta emancipacionista continua até hoje, impulsionada por entidades como a União Brasileira de Mulheres. A UBM é a organização revolucionária das feministas brasileiras, que entende que a melhor forma de acabar com o machismo é enterrar o sistema que alimenta esse vício: o capitalismo. Por isso, a UBM também levanta a bandeira do socialismo.

Portanto, nesse 8 de março, viva a luta por um mundo de iguais, sem machismo e contra todas as formas de opressão!

Bahia empata com o Icasa e é eliminado da Copa do Brasil

O suado empate com o Icasa, de Juazeiro do Norte (CE), não foi suficiente para manter o Bahia na Copa do Brasil, que acabou sendo eliminado ainda na primeira fase do importante torneio. O time baiano não apresentou um bom futebol (especialmente na primeira metade da partida) e acabou passando o maior vexame para os mais de 3 mil torcedores que pagaram R$ 20,00 para assistir o empate de 2 x 2, no estádio Alberto Oliveira, em Feira de Santana.

O resultado, seguido de uma derrota por 3 x 2 na partida disputada na casa do adversário, preocupa a torcida do tricolor, que teme que o time repita a péssima atuação nas partidas que restam do Campeonato Baiano, especialmente no quadrangular final da competição. No primeiro tempo, o Bahia apresentou uma atuação pífia, levando o primeiro gol aos 43 minutos. No retorno do intervalo o time melhorou significativamente, mas não foi capaz de finalizar os sucessivos ataques. Aos 8 minutos do segundo tempo, Pantico empatou a partida para o Bahia, reacendendo a esperança do torcedor tricolor, que sofreu um duro golpe com o pênalti cometido pelo perna-de-pau Alisson, revertido em gol pelo Icasa aos 35 minutos. Fausto marcou o segundo gol do Bahia logo depois, mas não foi o suficiente para o tricolor de aço se manter na competição. Vale lembrar que o Bahia jogava com um homem a mais desde os 3 minutos do segundo tempo.

Pelo campeonato baiano, o Vitória goleou o Fluminense de Feira no Barradão pelo placar de 5 x 2. O rubro-negro agora é o vice-líder do Campeonato Estadual e continua atrás do Bahia, mesmo com uma partida a mais.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Xô, Maracajá! Desinfeta!

Triste Esporte Clube Bahia, oh quão semelhante. Só mesmo adulterando o famoso verso seiscentista do poeta baiano Gregório de Matos e Guerra, o Boca do Inferno, para sintetizar a tragédia que vem sendo produzida e alimentada há muitos anos no maior clube de futebol do Nordeste, dono de uma das cinco maiores torcidas do país. Essa tragédia tem vários nomes, e um deles, certamente o principal, é Paulo Maracajá, o porretão, o bambambam, o cão de calçolão chupando manga do Esporte Clube Bahia. Ele é o cara que manda em tudo no tricolor baiano.

Maracajá, a rigor, não seria tema pra se tratar em espaço sério. Mas, para o bem ou para o mal, volta e meia a gente tem que escrever sobre coisas que não apreciamos. É o caso. A verdade é que a Bahia e a torcida do Bahia assistem a esse cara e a turma dele conduzirem o clube a um estado que contrasta com as glórias do bicampeão brasileiro, com uma dívida inadministrável (inexplicavelmente construída nos últimos dez anos, depois de ter sido zerada pelo Banco Opportunity), sem estádio para mandar seus jogos, com sua torcida submetida a descolcamentos quilométricos para poder ver o time e com uma gestão absurdamente incompetente e medíocre.

Para que o Bahia não acabe como o Ipiranga (antiga potência do futebol baiano) é preciso derrubar Maracajá. Como, não me perguntem, mas há que se descobrir um jeito rapidinho, antes que seja tarde. Uma ação popular, um mandato de segurança, um golpe de estado, sei lá o quê, mas alguma coisa precisa ser feita. Não dá pra admitir um patrimônio como o Bahia estar entregue a gente como Maracajá.

Como prova da influência ainda mantida por essa sombria figura, temos o exemplo da recente aprovação do novo estatuto do clube, onde, depois de mandar seu menino de recado Petrônio "Barradão" prometer eleições diretas no Bahia (ao assumir a presidência interina do clube, em 2005), Maracajá ignorou o compromisso e comandou a votação do novo estatuto do seu jeito. Para tanto, convocou o fajuto Conselho Deliberativo do Bahia, formado e manipulado por ele, para uma reunião igualmente fajuta, à qual compareceram apenas 78 dos 323 conselheiros, dos quais 75 votaram a favor do novo estatuto.

O que não dá pra entender é por que Maracajá não larga o osso. Ele já rapou do Bahia tudo o que podia rapar. Ganhou todos os mandatos parlamentares que podia ganhar (hoje não se elegeria nem síndico de condomínio), ganhou um cargo vitalício o qual ele não tinha merecimento, o que mais ele pode querer? O Bahia não tem mais nada a lhe dar, nem prestígio. Hoje a torcida o xinga com palavras de ordem do tipo "ei, Maracajá, vai tomar no ...". O seu menininho também não escapa: "Petrônio, vai se f(...), o meu Bahia não precisa de você".

Por tudo isso, é tão urgente enxotar Maracajá e toda sua turma. Vamos derrubar o homem. O que não dá mais é para o Bahia continuar navegando nas águas fétidas onde hoje navega.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Pode haver uma guerra na América do Sul?

A crise diplomática estabelecida entre Colômbia e Equador, e que também envolve a Venezuela do presidente Chávez, chegou ao ponto de promover a retirada "temporária" dos embaixadores desses dois últimos países de Bogotá e até mesmo a movimentação de tropas equatorianas e venezuelanas na fronteira com a Colômbia. A crise foi ocasionada por uma ação militar da Colômbia, que invadiu o espaço aéreo equatoriano para matar Raul Reyes, segundo homem no comando das FARC.

Em resposta, o presidente do Equador, Rafael Correa, ordenou o imediato retorno de seu embaixador e declarou que o exército de seu país estava em alerta. Hugo Chavez, da Venezuela, fez o mesmo e deslocou 10 batalhões de tanques de guerra para a fronteira com a Colômbia. É a primeira vez em muito tempo que uma crise diplomática na América do Sul envolve o descolocamento de tropas.

E, obviamente, quando um país descola suas tropas é porque, em algum momento, cogita utilizá-las, e essa lógica fez reacender o temor de uma nova guerra na América do Sul. O último grande conflito armado no continente foi a Guerra do Paraguai, entre 1864 e 1870, que vitimou mais de 400 mil pessoas.

Mas a guerra ainda é uma hipótese distante. Os fatos que ocorreram, embora que graves, ainda não justificam a utilização das forças armadas de qualquer nação, e a intermediação de outros países, como Brasil, Argentina e Chile, também podem ajudar a resolver o conflito da melhor maneira possível.

O problema é que essa não é a primeira e, possivelmente, não será a última crise entre Chávez, Correa e Uribe, e, com a tendência de o nível de tensionamento na região aumentar, dentro de algum tempo a situação pode ficar insustentável. Que o bom senso prevaleça!

domingo, 2 de março de 2008

Bahia vence o Vitória da Conquista e retorna à liderança do Campeonato Baiano

Jogando no Estádio Armando (ops) Alberto Oliveira, em Feira de Santana, o Bahia venceu o então líder do Baianão, Vitória da Conquista, pelo placar de 2x1. Embora o jogo não tenha sido fácil, o time da capital dominou a maior parte do tempo e criou mais oportunidades. Com o resultado o tricolor de aço retorna para a liderança isolada da primeira fase do Campeonato Estadual. O próximo adversário do líder será o Ipitanga, tradicional carrasco do clube.

No Barradão, o Vitória, que chegou a golear o Camaçari por três a zero, acabou levando um susto quando tomou dois gols. Ainda assim o rubro negro venceu a partida e permaneceu no G4. Nos outros jogos, o Atlético venceu o Juazeiro por 2x0, o Ipitanga empatou com o Fluminense com dois gols cada, e o Colo-Colo perdeu do Feirense em casa, por 1x0. Na última quarta, o Poções foi derrotado pelo Itabuna por 3x0.

Confira a classificação completa do Baianão:

1º Bahia - 33
2º Vitória da Conquista - 31
3º Vitória - 28
4º Atlético - 27
5º Ipitanga - 25
6º Colo-Colo - 21
7º Feirense - 19 / 5v
8º Itabuna - 19 / 4v
9º Camaçari - 15 / 3v
10º Fluminense - 15 / 2v
11º Juazeiro - 9
12º Poções - 5

sábado, 1 de março de 2008

Lula e a polêmica do Judiciário

Mais uma polêmica toma conta da pauta dos noticiários do país: a declaração do presidente Lula de que o Poder Judiciário deve cuidar de seus assuntos, assim como devem fazer o Legislativo e o Executivo, para, segundo Lula, "garantir a independência e o equilíbrio entre os poderes". A afirmação foi uma resposta ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio, que insinuou que o programa Territórios da Cidadania teria caráter eleitoreiro.

Pra não perder tempo e os holofotes da mídia, a oposição rapidamente tratou de assenhorar-se da situação. Em nota oficial da bancada do PSDB no Senado, os tucanos classificaram o comportamento do petista como "típico de demagogo sul-americano" (para ver a nota completa, acesse http://www.psdb.org.br/noticias.asp?id=35126). A nota, assinada pelo líder da bancada, Senador Arthur Virgílio (aquele que teve 1% dos votos para governador do Amazonas nas eleições de 2006) também se solidariza com o ministro Marco Aurélio, tratando-o como um dos "mais ilustres integrantes do Poder Judiciário".

Mas saindo das bravatas dos discursos emocionados e/ou enfurecidos e entrando nos marcos constitucionais, não é preciso entender muito de Direito para saber que a Constituição Brasileira é bem clara no que diz respeito à separação dos poderes. Definitivamente, é incoerente que um ministro da mais alta corte do país explicite uma opinião pessoal sobre qualquer programa do Poder Executivo. Seria muito importante que o ministro Marco Aurélio se lembrasse da Lei Orgânica da Magistratura, que veda a opinião fora dos autos. O seu papel, portanto é julgar, tendo como base as leis de nosso país e não suas vontades pessoais.